
Forças de segurança estaduais e federais desarticularam grupo criminoso em combate a ameaça, lesão corporal, posse irregular de arma de fogo, disparo de arma de fogo e tentativa de homicídio na Aldeia Limão Verde, em Amambai, município localizado a 354 quilômetros de Campo Grande.
Indígena perdeu a eleição em 2024, não aceita a derrota e autointitulou-se o líder da aldeia. Conforme apurado pela reportagem, mais de 10 viaturas e 20 homens da Polícia Federal (PF), Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPMChoque) e Força Nacional participaram da operação.
Durante a ação, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos e três pessoas foram presas, sendo um por mandado de prisão em aberto, um em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e outro por mandado de prisão preventiva no interesse da investigação.
ALDEIA LIMÃO VERDE
A Aldeia Limão Verde possui mais de dois mil indígenas da etnia Guarani Kaiowá.
Está localizada às margens da MS-156, em Amambai, município localizado a 354 quilômetros de Campo Grande, região sul de Mato Grosso do Sul, quase na fronteira Brasil/Paraguai. A área do território é de 660 hectares.
A região é palco de confrontos armados há anos. Várias pessoas já foram feridas e mortas na região pela disputa do poder.
Não é de hoje que o resultado das eleições é negado. Em julho de 2022, a briga pela liderança da aldeia virou caso de polícia, após a casa do cacique ser atacada por indígenas que não aceitavam o resultado das eleições.
Após o ataque, representantes do Ministério Público Federal (MPF) de Ponta Porã, da Defensoria Pública da União (DPU) e da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram até a região para solucionar o conflito. Com isso, uma nova eleição foi marcada.
Fonte: Correio do Estado